Patrono - Guilherme de Almeida
Guilherme de Andrade de Almeida, natural de Campinas, Sp. Nasceu em 24 de julho de 1890 e faleceu em 1969.
Iniciou seus estudos no Colégio Feitosa de Araras, mas curso o ginásio em Campinas, passou pelo Colégio São Bento em São Paulo, Colégio Diocesano São José em Pouso Alegre e bacharelou-se com distinção em 1907 em Ciências e Letras, no ginásio Nossa Senhora do Carmo em São Paulo. Em 1912 diplomou-se em Direito no Largo São Francisco, onde o seu pai era um proeminente professor.
Exerceu a atividade e Promotor Público em diversas cidades do interior Paulista, Apiai, Mogi-Mirim e por um espaço curto em Ribeirão Preto.
Desde a mais tenra idade recebeu ensinamentos sobre cultura geral, cultura Grega e Europeia. Poliglota com notáveis conhecimentos de Latim, Grego, Francês e Inglês. Foi colaborador de diversas revistas.
Amigo pessoal de Oswald de Andrade, e com a colaboração deste elaborar diversas peças para o Teatro e traduz diversos livros de poetas franceses.
Foi um dos lideres do movimento de Modernismo em 1922, proferiu diversas palestras por todo o Brasil, representando o movimento.
Em 1928 Ingressa na Academia Paulista de Letras e ocupa a cadeira 22. Com a morte de Amadeu Amaral em 1929, concorre em 1929 à cadeira 15 e ingressa na Academia Brasileira de Letras, em 21 de junho de 1930, ocupando a cadeira fundada por Olavo Bilac e patrocinada por Gonçalves Dias.
Participa ativamente na Revolução Paulista com o posto de soldado raso do Batalhão da Liga de Defesa Paulista, nos campos de Cunha, onde além de soldado dirigia o jornal da Trincheira.
Escreveu a poesia “NOSSA BANDEIRA - Treze Listras “ sobre a Bandeira dos Paulistas.
Foi preso e exilado sendo recebido solenemente na Academia de Ciências de Lisboa.
Aristocrata e amante da liberdade e fraternidade, com singular humildade, construiu com maestria o seu sentimento de Paulicéia Desvairada.
Sua obra é vastíssima com Poesias, Prosa, Peças de Teatro, Literatura Infantil.
Devido a sua versatilidade, Guilherme de Almeida é considerado o fenômeno da Literatura Brasileira e sua obra constitui-se um monumento de virtuosidade e habilidade, e por isso foi agraciado com o título de “O Príncipe dos Poetas Brasileiros”, em 1959, sucedendo a Olavo Bilac e Alberto de Oliveira, resultado de uma eleição no Rio de Janeiro promovida pelo “Correio da Manhã”, concorrendo com Poetas igualmente ilustres e virtuosos, como Manuel Bandeira, Carlos Drummont de Andrade e outros. Por isso em meu discurso de posse assim prestei-lhe homenagem.
“ Se a poesia é a transfiguração do sentimento”. “ Se ser poeta é sentir o amor, a harmonia do ritmo, a vibração dos sons e a dimensão da natureza no pulsar do Universo e coloca-lo no espaço do papel, com a incomensurável dimensão do coração, estrotejando-se para humanidade, Então eu me rendo a ti Poeta dos Poetas, príncipe de todos nós”.