Patrono – Cadeira 17

Patrono - Barão do Rio Branco


      José Maria da Silva Paranhos Jr, nasceu no dia 20.04.1845 no Rio de Janeiro, na época Município Neutro – Império do Brasil. Filho de Teresa de Figueiredo Faria e José Maria da Silva Paranhos – Visconde do Rio Branco. Casou-se com Marie Philomène Stevens (1849-1898/França) e tiveram um filho: Paulo Agenor do Rio Branco da Silva Paranhos (1876-1927/França).
      Bacharel em Direito pela Faculdade de Direito do Recife, ingressou nos estudos jurídicos ainda em 1862, na Faculdade de Direito de São Paulo, porém transferiu-se no último ano para a instituição pernambucana.
      Advogado, diplomata, geógrafo, professor, jornalista e historiados, é o patrono da Diplomacia brasileira.
      Iniciou-se nas letras em 1863, nas páginas da revista Popular, com uma biografia sobre Luís Barroso Pereira, comandante da fragata Imperatriz. Posteriormente, em 1866, na revista l'Illustration, desenhou e escreveu sobre a guerra do Paraguai, defendendo o ponto de vista do Brasil. Em 1868, substituiu Joaquim Manuel de Macedo, por três meses, como professor na cadeira de História do Brasil, no Colégio Pedro II.
      Em 1876 foi nomeado, após várias tentativas, ao cargo de cônsul-geral do Brasil em Liverpool (1876-1896), na Inglaterra, o que deu início a sua carreira na diplomacia. Nesse período representou o Brasil na Exposição Universal de São Petersburgo (1884), para promoção do café brasileiro, e acumulou a superintendência geral na Europa do serviço de imigração para o Brasil, com sede em Paris (1891-1893).
      Esteve à frente da representação do Brasil na Questão de Palmas, com a Argentina, arbitrada por Grover Cleveland, presidente dos EUA (1893-1895); e na Questão do Amapá, com a França, arbitrada por Walter Hauser, (1898-1899), presidente do Conselho Federal da Suíça; além de ter chefiado a legação do Brasil em Berlim (1901-1902). Foi convidado pelo presidente Francisco de Paula Rodrigues Alves (1902-1906) para assumir o Ministério das Relações Exteriores, tendo permanecido no cargo nos governos de Afonso Pena (1906-1909), Nilo Peçanha (1909-1910) e Hermes da Fonseca (1910-1914). À frente da pasta negociou com a Bolívia a assinatura do Tratado de Petrópolis (1903), que incorporou ao Brasil o Acre, cuja capital recebeu seu nome, além de outras importantes disputas territoriais com países latino-americanos, em que foram definidos os contornos do país: Equador (1904), Colômbia (1907), Peru (1904 e 1909), Uruguai (1909) e Argentina (1910).
      Recebeu o título de Barão do Rio Branco no ano de 1888.
      Foi o segundo ocupante da cadeira 34 da Academia Brasileira de Letras – ABL, eleito em 1 de outubro de 1898, na sucessão de João Manuel Pereira da Silva.
      Em 1908, então no Rio de Janeiro, convidou o engenheiro Augusto Ferreira Ramos a projetar um sistema teleférico que facilitasse o acesso ao cume do Morro da Urca, conhecido mundialmente como o Bondinho do Pão de Açúcar.
      Em 1909, seu nome foi sugerido para a sucessão presidencial do ano seguinte. Rio Branco preferiu declinar de qualquer candidatura que não fosse de unanimidade nacional.
      Foi presidente do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro de 1907 a 1912.
      Em 1911 recebeu indicação para o Prêmio Nobel da Paz.
      Morreu no Rio de Janeiro, então Distrito Federal, aos 10.02.1912, ocasião em que foi alterado o calendário oficial da cidade e o Carnaval adiado por um mês.
      O seu nome e título foram atribuídos a instituições de ensino e logradouros em muitos estados brasileiros. Destaque especial para o Instituto Rio Branco, instituição de ensino superior subordinada ao Ministério das Relações Exteriores que forma diplomatas de carreira, fundado em 1945 como parte da comemoração do centenário de seu nascimento.
      Obras: Declaração enviada pelos Estados Unidos do Brasil (Statement Submitted by the United States of Brazil), Obras do Barão do Rio Branco, O Brasil.

Fonte: Google, Wikipédia.