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"PUBLICAÇÕES".
Acadêmico - Carlos Roberto Ferriani
Breve relato de uma vida
Carlos Roberto Ferriani nasceu em São José do Rio Preto-SP em 1951.
Residiu em Ibirá até seus 8 anos de idade. Filho de professores e pela carreira deles mudou-se para São José do Rio Preto onde terminou o curso básico, no EE Ezequiel Ramos e Instituto de Educação Monsenhor Gonçalves.
Teve uma adolescência rica de paixões. Em 1966 constituiu uma banda musical, os Gemini V e viveu muita diversão. Uma juventude bem Movimentada e proveitosa entre os estudos até o segundo colegial.
Em 1969 mudou-se para Ribeirao Preto para fazer Curso Cesar Lates para medicina e morou alguns meses no seu querido tio Alberto Ferriani.
Cursou o terceiro ano do colegial no Colégio São José. Conheceu a Flávia, sua esposa, que morava por perto e namoraram até o último ano da faculdade em 1976, casando-se nesse ano.
Em 1971 foi aprovado em Odontologia, na Faculdade de Odontologia de Araçatuba e também em Medicina em São José do Rio Preto, na época FARME. Voltou a residir em sua cidade natal por 6 anos.
Precisou complementar verbas para os estudos e lecionou violão no Instituto Carlos Gomes de São José do Rio Preto de 1972 até 1975 quando iniciou estágios médicos.
Estágiário no Serviço de Mulheres da Santa Casa de São José do Rio Preto- Serviço do Dr. Radovir Antônio dos Santos em 1975 e 1976.
Foi Médico plantonista na Santa Casa de Misericórdia de São José do Rio Preto .
Foi estagiário na cidade de Jales , com plantões aos finais de semana.
Terminado o curso, decidiu voltar a Ribeirão para a residência em Cirurgia Geral por dois anos, no hospital Beneficência Portuguesa.
Decidido pela Cirurgia Plástica ingressou no Serviço de Cirurgia Plástica do Dr. Sylvio Corrêa da Silva, na Santa casa de Santos, serviço reconhecido pela SBCP- Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica e cursou por três anos.
Na baixada trabalhou como médico plantonista no PPA da Santa Casa De Santos, Médico da Prefeitura de Santos e Cubatão no Pronto Socorro Municipal.
Médico do Serviço de Cirurgia Plástica da Santa Casa de São Vicente Terminados os três anos de residência , aprovado no concurso de Especialista, retornou para Ribeirão Preto como Cirurgião Plástico.
Tinha duas filhas e uma vida de muito trabalho. Sua esposa, professora efetiva do estado, dividia a profissão e a maternidade.
Em Ribeirão Preto foi Médico de Trabalho na Cianê e Antárctica.
Médico concursado da Prefeitura de Ribeirão Preto.
Aprovado no concurso do HCFMRPUSP( Hospital das Clínicas) no departamento de Cirurgia Plástica, abandonou os outros três empregos e exerceu atividades no departamento por 5 anos.
Daí em diante apenas na clínica particular dedicando -se totalmente à Cirurgia Plástica estética e reparadora e aposentou-se há um ano.
É Titular e Especialista pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, participando do corpo discente e docente de vários cursos, jornadas e congressos da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica durante esses quarenta e um anos de especialidade.
Foi Representante Regional da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica por seis anos.
Foi Representante dos cirurgiões plásticos na Unimed por seis anos.
Foi Presidente da Associação dos Cirurgiões Plásticos no Centro Médico de Ribeirão Preto.
Recebeu o Título de Cidadão Ribeirãopretano, em 2008.
Rotariano, pertence ao Rotary Ribeirão Preto onde ocupou vários cargos, inclusive o de Presidente em 2012/2013 .Também presidente do Rotary Oeste, foi seu presidente em 1992/1993.
É Membro da ACRECE- Associação dos Cidadãos Ribeirãopretanos e Eméritos.
Vice- presidente do Centro Médico de Ribeirão Preto por duas gestões e diretor social por cinco anos e pertenceu ao conselho por vários anos.
Em 2019 foi homenageado no Centro Médico por serviços prestados na profissão.
Ocupa a cadeira 26 da ARL, Academia Ribeirãopretana de Letras e esteve Presidente do sodalício, gestão 2018/2019.
Ocupa a cadeira número 51 da ALARP- Academia De Letras e Artes de Ribeirão Preto
É Membro da SOBRAMES, Sociedade Brasileira de Médicos Escritores.
É Membro da APPERJ- Associação dos Poetas Profissionais do Rio de Janeiro, número 454.
É Membro da UBE- União Brasileira de Escritores mat. 4039
É Membro do Grupo de Médicos Escritores Dr. Carlos Roberto Caliento
Escreveu textos poéticos publicados em jornais e revistas do gênero literário
Vencedor do concurso de poesias, da UFSCAR, em dezembro de 2009, em primeiro lugar com o poema: “Internet”.
Obras publicadas”...Antes mesmo do sonho- Tempos poéticos’(2009) Editora Instituto do Livro De Ribeirão Preto ISBN 85-62852-01-5; “ Fragmentos de uma vida” em 2011, romance ;
Livro de poesias em 2014. “Rimas.Com.Cr” em 2013.
Escolhido como escritor local homenageado na próxima Feira Internacional do Livro, FIL., Feira Internacional do Livro de Ribeirão Preto, versão 2020/2021
Casado com Flávia Meirelles Pereira Ferriani, tem três filhos: Verônica Meirelles Pereira Ferriani, formada em arquitetura pela FAU. e cantora de mpb reconhecida internacionalmente.
Valéria Meirelles Pereira Ferriani, formada pela Faculdade do Largo São Francisco, funcionária pública do Tribunal de Justiça Estadual.
Vinícius Meirelles Pereira Ferriani, engenheiro formado pelo ITA, diretor fundador e presidente da empresa Gympass.
Tem três netas: Ágata, com um ano e meio, e Talita com dois meses, filha de Vinícius e Lívia. Cleo, com nove meses de vida, filha de Verônica e Dr Arnaldo.
Gosta de música e toca violão.
Torce para o Santos e Botafogo
Gosta de jogar tênis
Atualmente aposentado dedica-se a literatura.
ANTECESSORES
Antecessor - Carlos Roberto Caliento
Nasceu em 29.04.1928 na cidade de Ribeirão Preto, filho de José Caliento e Alice Gonçalves Caliento, foi casado com Célia Sarmento, tiveram os filhos: Paulo, Célia, Dulce e Carlos e faleceu no dia 15.02.2010, também em Ribeirão Preto.Fez o curso de ensino fundamental em Ribeirão Preto e o de ensino médio na cidade de São Paulo. Concluiu o curso de medicina em 1957 na primeira turma da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto. Foi clínico e cirurgião geral, tendo desenvolvido suas atividades medicas e hospitalares nas cidades de Ribeirão Preto, Orlândia, e São Joaquim da Barra no estado de São Paulo, e na cidade da Prata estado de Minas Gerais. Foi chefe do Posto de Saúde da Prata,MG e de São Joaquim da Barra,SP. Foi também diretor do Distrito Sanitário de São Joaquim da Barra. Exerceu a função de médico do trabalho na Secretaria da Saúde do Estado de São Paulo, tendo sido agente de fiscalização por trinta anos, e a de Coordenador do Acidente do Trabalho por quinze anos do INSS.
Formou-se, também, em Pedagogia, Ciências e Letras em Guaxupé,MG e fez o Curso de Especialização em Administração Escolar e Orientação Educacional. Foi professor de Biologia Educacional na Faculdade de Educação de Barretos e professor efetivo do Ensino do Segundo Grau da Secretaria da Educação do Estado de São Paulo, tendo lecionado principalmente a matéria Biologia por 19 anos nas escolas públicas de Orlândia e Ribeirão Preto. Ministrou aulas de medicina do Trabalho em Faculdades de Engenharia de Segurança e para preparação de médicos em medicina do trabalho.
Tinha uma paixão em sua vida que era ser rotariano. Pertenceu ao Rotary Clube de Ribeirão Preto Norte, onde pode realizar ações em prol das comunidades regionais e mundiais. Sempre foi um amante da poesia e da prosa e apesar de ter obras publicadas preferiu divulgar suas inúmeras composições em um site da internet.
A rua 06 do loteamento Jardim Santa Cecília, recebeu o seu nome através da Lei municipal nº 12.251 de 12.03.2010.
Alguns dos seus livros:
Educar ou Adestrar – pedagogia;
O tema é Educação – crônicas;
Anotações de um Clínico apaixonado.
Antecessor - Ruy Escorel Ferreira Santos
Nasceu em São Paulo em 10 de Maio de 1917. Nasceu pelas mãos de uma parteira em casa. Filho de pai médico, José Ferreira Santos, formado na primeira turma da Faculdade de Medicina de São Paulo e mãe, dona de casa, Palmerynda Ophelia Escorel Ferreira Santos, filha de Clementino de Oliveira Escorel, lente de Direito Romano da Faculdade de Olinda e Recife e, posteriormente de Direito Criminal da Faculdade de Direito de São Francisco. Ferreira Santos estudou no Ginásio Bento de São Paulo, de tradição rigorosa, mas humanista. Sua mãe, tias, irmãs e primas estudaram e foram muito ligadas ao Colégio Sion. Também tiveram importância em sua formação seu padrinho de batismo, Prof. Benedito Montenegro e um tio-avô de formação militar, oficial pernambucano da Marinha de Guerra.
Esses personagens, fundamentais em sua criação, viviam um ambiente que atribuía alto valor ao conhecimento e ao rigor moral. São valores que estão na base de sua trajetória profissional como cirurgião, que foi marcada pela integração entre a habilidade técnica e competência científica e a preocupação com a formação humanística e abrangente dos médicos.
Ruy Escorel Ferreira Santos formou-se médico na Faculdade de Medicina de Pinheiros em São Paulo em 1940, período em que os hospitais de apoio àquela escola ainda eram a Santa Casa e o Hospital Matarazzo. Quando o grande Hospital das Clínicas de São Paulo foi construído estava se formando e logo após a inauguração, em 1940, passou a fazer parte de seus quadros, como Assistente da 2ª Clínica Cirúrgica e participando dos primeiros plantões. Em 1950, defendeu Livre Docência com trabalho sobre Pancreatite Aguda e escreveu tese sobre Estenose Mitral, com a qual se candidatou para concurso de Cátedra em Belo Horizonte.
O aprendizado profissional em meio a um processo de construção de procedimentos e condições de tratamento; conhecimentos e formas de cura que eram testadas, por sua vez, será marcante em sua própria ação. Quando foi convidado por Zeferino Vaz a participar da fundação da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto sentiu-se atraído pelo desafio de construir o novo e desistiu por isso do concurso de Belo Horizonte. Em 1963 defendeu tese “Tratamento Cirúrgico da Aperistalse do Esôfago”, conquistando título de Professor Catedrático Vitalício de Cirurgia da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto-USP. Com a colaboração de assistentes que convidou ao iniciar o trabalho, construiu o Departamento de Cirurgia do qual foi Diretor por mais de vinte anos.
Ruy Escorel Ferreira Santos participou pioneiramente da inovação de técnicas cirúrgicas, como a das de cirurgias cardíacas com circulação extra-corpórea para introdução de pontes de safena; ensinou gerações de alunos; escreveu muitos trabalhos; teve grande reconhecimento; participou de associações médicas e cirúrgicas e recebeu títulos honoríficos nacionais e internacionais. Mas, o que talvez melhor expresse como desenvolveu sua carreira sejam suas próprias palavras ditas quando recebeu o título de cidadão de Ribeirão Preto, em 1986:
Cabia–me ensinar cirurgia, ensinar praticando-a e estimulando indagações e reflexões que buscassem novos rumos e requeressem passos adiante. Ai estão as metas que venho procurando alcançar, gerações após gerações de alunos e discípulos.
Pratiquei cirurgia e continuo a praticá-la. Dia após dia, no consultório ou no ambulatório, nas enfermarias ou na sala de operação, atendi muitos e muitos, escutei-lhes queixas e dores, guiei-lhes quando possível o tratamento, tenho operado alguns tantos e, felizmente com mais acertos do que falhas, logrei dar alívio a um bom número, esperança a outros e consolo aos desenganados. Na vida profissional, que já vai longa, muito tenho aprendido com enfermos e, amadurecido com o tempo, aprimorou-se a capacidade do relacionamento empático que capta não somente a queixa atual do paciente, mas também seus problemas no contexto sócio-familiar, sua personalidade.
Acreditava na medicina e nas possibilidades de intervenção, cura e melhora que pode proporcionar. Foi ele próprio paciente de cirurgias como a cardíaca para colocação de pontes de safena e implantes mamários (1975 e 1984) e outras tantas correções cirúrgicas necessárias, como as de menisco e hérnia de disco. Toda essa prática alicerçada em uma visão humanística de uma medicina voltada para o doente, para o ser humano. Preocupava-se em ensinar os alunos que o médico não era apenas alguém que segue protocolos, receita tratamentos, prescreve exames sofisticados. O médico é uma pessoa em relação com outra pessoa que sofre. Essa pessoa tem nome, história, sentimentos. O respeito ao paciente começa pela cama do paciente internado, que não é uma cadeira para o médico displicentemente se sentar; o respeito ao paciente passa pela sua individualidade que não cabe na ritualização de procedimentos de UTIs.
No fim da vida preocupava-se, porém com os rumos tomados pela medicina, com os diagnósticos apoiados em evoluções técnica que afastavam o médico da escuta do paciente, com o tratamento serial, com os protocolos. E fez seu alerta ao receber este mesmo prêmio:
A medicina e a cirurgia são ciência e arte. A ciência médica tem tido um progresso enorme e incessante que nos deixa maravilhados. A arte médica foi esquecida (…) Há um cientificismo quase fetichista de modelo anglo-saxão que nossa submissão colonial vem imitando. (…) o modismo de fixação de rotinas e protocolos que, aplicados com fidelidade acrítica acarreta situação de grandes riscos as UTIs (…) tratamentos absurdos (…) com risco e erros, pois não se trata o doente, mas sim o carimbo doença que lhe foi aplicado (…), de fazer corar, de fazer chorar.
Morreu em Novembro de 2003, assim como nasceu: em casa. Cercado pela família, assistido por médicos ex-alunos que o visitavam e dele tratavam. Viveu sim, e com entusiasmo os benefícios trazidos pelos progressos da medicina, mas morreu afastado da desumanização que a acometiam e que via crescerem com perplexidade e preocupação. TCBC Antonio Ziliotto Junior
HOMENAGENS
Por ocasião do recebimento do título de Cidadão Ribeirãopretano, em Outubro de 1986, assistentes que o saudaram proferiram discursos em que procuraram transmitir traços de sua personalidade.
“Nesta oportunidade em que tenho o privilégio de saudar o Prof. Ferreira-Santos, ressaltarei brevemente dois de sues aspectos que exerceram poderoso tropismo sobre os que os cercam:
Em primeiro lugar sua grande vocação para o ensino que o identifica como um autêntico Mestre-Chefe de escola na concepção dos filósofos gregos e dos valores renascentistas. Quantos, sob efeito de sua energia irradiante e contagiante, vibraram em ressonância com seus ensinamentos!
Em segundo lugar, assinalo o seu respeito ao ser humano, quer ele se chame colega, amigo ou discípulo, mas eclodindo em toda a sua plenitude no trato com os doentes.
Respeitando a dignidade humana de cada um, característica que hoje em dia, na era das máquinas e dos computadores, é frequentemente subvalorizada, o Professor FERREIRA SANTOS demonstrou a sua própria imensa dignidade, tanto nos momentos mais alegres, como nos momentos mais difíceis de sua vida.
O Professor FERREIRA SANTOS é um homem que irradia luz; é um dos raros faróis que ainda clareiam com seus fachos os céus da cultura onde, na atualidade, muitos gomos estão sombrios. É um clarão que guia os que querem progredir mas que tenha grandeza de não pretender ofuscar ninguém, permitindo que cada qual emane seu próprio brilho que, por sua vez, ilumina novos caminhos.”
Píer Luigi Castelfranchi
O ECBC Ruy Escorel Ferreira Santos foi Presidente do 26º Diretório Nacional do Colégio Brasileiro de Cirurgiões (1983-1985) e o primeiro Vice-Mestre da Regional de Ribeirão Preto do Capítulo de São Paulo do CBC (1975-1979).