Titular – Cadeira 06

Acadêmico - Feres Sabino


   Nasceu em Brodowski, SP no dia 05.12.1938, filho de Miguel Sabino e Almaz (Elmoza) Chodraui Sabrino. Tem dois filhos: José Feres Sabino e José Guilherme Sabino
   Feres Sabino foi o fundador e o primeiro presidente da Associação dos Advogados de Ribeirão Preto no triênio 1970-1973. Advogado, jornalista, orador, formado pela Faculdade de Direito do Largo São Francisco da USP, em São Paulo. Cursou ginásio e colégio no Instituto de Educação Otoniel Mota, de Ribeirão Preto, sendo presidente do Centro Nacionalista “Olavo Bilac”, no ano de 1958. Sub-Agente do Diário de São Paulo.
   É membro da Academia Ribeirãopretana de Letras desde 27.05.1999 e da Academia de Letras Jurídicas; presidente da 12ª Sub-Secção da Ordem dos Advogados do Brasil; conselheiro da Associação dos Advogados de São Paulo, membro da Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil (Secção de São Paulo) por duas gestões e de seu Conselho Federal (Brasília) em uma delas; representante da Ordem dos Advogados de São Paulo/SP, no Conselho Estadual de Defesa da Pessoa Humana; conselheiro da Associação dos Funcionários Públicos do Estado de São Paulo.
   Também foi procurador geral do Estado de São Paulo no governo Franco Montoro (1982-1986). Nesta condição, coordenou a defesa judicial na tormentosa questão do sequestro das rendas públicas decretada pelo Tribunal de Justiça do Estado, ocupando, por três vezes, a tribuna do Supremo Tribunal Federal, para três sustentações orais. Após decisão favorável, coordenou o acordo com os acionistas da antiga Cia. Paulista de Estrada de Ferro, desapropriada em 1971.
   Chefe da assessoria jurídica do governo Orestes Quércia (1987-1990); secretário de Negócios Jurídicos de Ribeirão Preto no governo Antônio Palocci Filho (1992-1996); diretor-executivo da Fundação Profº Dr. Manuel Pedro Pimentel (FUNAP) no governo Mário Covas (1996-2000); Tesoureiro da Associação Regional de Rádio e Imprensa (ARRI).
   Sub-Agente do Diário de São Paulo, repórter-redator do Diário de Notícias, colaborador dos jornais “Verdade”, “A Cidade”, Diário da Manhã, “O Diário”, “Ora Veja”, “Domingão”, “A Tribuna”, “Enfim” de Ribeirão Preto e com artigos veiculados no jornal “Estado de São Paulo, “Folha Ribeirão”, “Gazeta Mercantil”, de São Paulo, com artigos jurídicos publicados na “Revista dos Tribunais”.
   Mantém o blog: advogadoferessabino.wordpress.com
 
 

ANTECESSORES

 
 

Antecessor - Mário Moreira Chaves

   Construtor desse espaço que ocupo 57 anos depois, Mario Moreira Chaves foi um homem simples, um homem digno. Ele fundou a Academia Ribeirãopretana de Letras, em 1942, é seu presidente. Outra vez ele o é, em 1945.
   Nasceu em Cravinhos, em 1910, sua origem humilde fê-lo operário de profissão. Autodidata, tornou-se um operário da palavra inspirada, como poeta, como escritor, como crítico de arte. Roteirista de cinema colaborou em jornais e revistas. Sua presença, em nossa cidade, foi a de uma cultura humanista, que pontuou no jornalismo combativo.
   Seu sopro de fé gerou a Escola de Artes Plásticas, transformada em faculdade, gerou o Festival Internacional de Cinema de Animação em 1965, organizado em parceria com R. F. Luchetti. Insurgiu-se contra a construção da Casa da Cultura, no alto do morro de São Bento, porque a sonhava no centro da cidade, próxima do murmúrio popular. Intransigente no seu nodo de pensar, morre aos 88 anos de idade em 1088. Mas seu nome já estava no Dicionário de Autores Paulistas de Luís Correia de Melo (reedição do IV Centenário de São Paulo, desde 1954).
   Homem, matéria convertida em energia e estrela na sua hora e na sua vez, deixou a filha única, Maria Helena Chaves Sarti, presença que estremece conosco na emoção da saudade. Parabéns pelo pai, pelo avô e bisavô que lega a cadeira que generosidade tanta me destina.
   A morte é uma mentira. Não fossem nossas vertentes espirituais, a tribo indígena da América Latina avisa, desde a imemória do tempo, que se nascem, que se vive e que se morre, para repetir o ciclo do sem-fim. A verdade tem um só nome. O nome batizado da verdade chama-se Vida. Seu estímulo e seu ânimo chamam-se Amor. Só por isso o seu perfil necessário é o do respeito à liberdade. Só por isso, seu perfil é o da dignidade na paz, garantida pela justiça social.
   Em 1955, ele nos sucedeu, a mim e ao meu pai, como agente do Diário de São Paulo.