Titular – Cadeira 22



Acadêmico - Waldomiro Waldevino Peixoto


          Nasceu em 21 de agosto de 1950 em Ipuã/SP, região administrativa de Franca, microrregião de São Joaquim da Barra, divisa também com os municípios de Morro Agudo, Guaíra, Miguelópolis, Ituverava e Guará, filho de Calimério Olímpio Peixoto e Rita Rosa Peixoto. É o 4º de uma família de 8 filhos, dos quais 6 sobreviveram. Casado com Siodéria Ap. de Carvalho Peixoto, tem 2 filhas e 1 neto.
          Viveu em Ipuã até o final de 1968. Entretanto, cerca de 1,5 ano morou em área rural, no Paraná, exatamente 3 meses na Fazenda Ikuta, patrimônio de Içara, e depois na Fazenda Humaitá, patrimônio de Santa Zélia, na região de Astorga/PR, do início de 1962 ao final de 1963. Neste ano sua família retorna para Ipuã, onde Waldomiro Peixoto vive até o final de 1968. Muda-se para Ribeirão Preto. Teve passagens rápidas por Goiânia, Bauru e Lins. Cerca de 3 meses na primeira, 1 ano na segunda e 3 anos na terceira.
          Aquele ano de 1963, no Paraná, foi marcado por uma grande tragédia: uma severa geada queimou até a raiz todos os cafezais e matas da região Norte e central do estado, seguida de uma seca brutal, que resultaram em um incêndio de grandes dimensões espalhado por toda aquela região, devastando tudo e levando o estado a uma grande depressão econômica, a ponto de o governador Ney Aminthas de Barros Braga (1917-2000) decretar calamidade pública. Muitas famílias acabam abandonando seus sonhos de melhoria de vida no Eldorado paranaense, principalmente no Norte Pioneiro.
          Este incêndio está fartamente documentado nos anais do Estado do Paraná. “O Incêndio florestal no Paraná em 1963 foi um grande incêndio que ocorreu na década de 1960, no século XX, no estado do Paraná, Brasil. O incêndio atingiu principalmente a região do norte pioneiro e campos gerais do Paraná, além de alguns municípios da região central e norte do estado. É ainda considerado um dos maiores incêndios ocorridos no Brasil e no mundo.” (Wikipedia)
          A mudança de Ipuã para o Paraná, considerado, como já dito acima, o Eldorado para quem trabalhava na agricultura, interrompeu os estudos de Waldomiro Peixoto, que, como a maioria das crianças rurais, naqueles longínquos Anos Sessenta, completavam o Grupo Escolar (hoje conhecido como 1ª a 4ª série) e começavam a trabalhar para ajudar nas economias domésticas. Os sonhos de vida melhor no Paraná viraram literalmente fumaça e cinzas e tiveram de ser esquecidos e fizeram a família do Sr. Calimério Peixoto arrepiar caminho no final de 1963.
          O agricultor Calimério Peixoto, esposa e filhos voltaram a morar em sua pequena chácara, que não tinha sido desfeita, na periferia da pequena Ipuã, onde Waldomiro Peixoto começou a trabalhar no Frigorífico Olhos d’Água aos 13 anos e a estudar durante a noite em escola particular, no Colégio e Escola Comercial “Iara Maria Coimbra’, recém fundada pelo visionário Professor Munir Neder, que ministrava o antigo Ginasial e Colegial. É importante registrar que, naqueles tempos, as crianças, ainda muito novas, já eram encaminhados para o trabalho rural para ajudar a família. E trabalhar fazia parte do processo educacional informal naqueles tempos, algo impensável atualmente. Trabalhar duramente aos 13 anos de idade era algo absolutamente normal nestas pequenas cidades do interior brasileiro, mesmo no estado mais desenvolvido do Brasil, São Paulo, conhecido como a locomotiva do país já naqueles tempos.
          O Curso Ginasial Estadual (hoje conhecido como 5ª a 8ª séries), que só funcionava durante o dia, era um privilégio para poucos, inacessível para Waldomiro Peixoto naqueles tempos muito difíceis, na pequena Ipuã, então com menos de 10.000 habitantes. Quem quisesse cursar o Normal, o Clássico ou o Científico (conhecidos hoje por Curso Médio ou Cursos Profissionalizantes a partir da Reforma Passarinho) teria que se locomover até São Joaquim da Barra durante o dia, algo impensável para famílias de poucas posses.
Vendo a impossibilidade de continuar seus estudos, Waldomiro Peixoto deixou a família e mudou-se para Ribeirão Preto em 30 de dezembro de 1968. Matriculou no Curso de Magistério, da Instituição Moura Lacerda, ainda sediada na Rua Duque de Caxias, em frente à Praça XV. Seu sonho era ser professor.
          Concluído o Magistério, prestou vestibular e iniciou o Curso de Letras, também no Moura Lacerda, que na época havia deixado a Praça XV de Novembro e se mudado para a Rua Padre Euclides, nos Campos Elíseos, antigo Patronato e Ginásio Industrial Madre Mazzarello.
          Concluiu Letras em 1975. Em 1976 começou sua carreira no magistério, onde atuou por cerca de 20 anos, tendo lecionado em Ribeirão Preto, Lins e Marília. Graduou-se em Letras pela instituição Moura Lacerda, fez especialização em Estrutura Morfossintática da Língua Portuguesa no Ateneu Barão de Mauá, além de dezenas de cursos de extensão universitária na área de Literatura e Comunicação & Expressão. É destes tempos sua convivência com duas eminentes professoras de Ribeirão Preto, importantes em sua trajetória acadêmica: Ely Vieitez Lanes, depois Vieitez Lisboa, e Amini Boainaim Hauy.
          Durante os anos de 1969 até 1978, trabalhava durante o dia, para sustento próprio e ajuda no orçamento de sua família e custeio de seus estudos à noite. Exercia a profissão de açougueiro na Rede de Carnes Ipuã. Durante os anos que se seguiram, Waldomiro Peixoto acumulava atividades diurnas com o exercício do magistério à noite, cumprindo um turno duplo de cerca de 18 horas por anos seguidos.
Casou-se em 1978 com Siodéria Ap. de Carvalho Peixoto, ao final do qual nasceu sua primeira filha Simone de Carvalho Peixoto, em 21 de dezembro. Em 1987, quase 9 anos depois, nasceu sua segunda filha, Fernanda de Carvalho Peixoto, em 13 de novembro. Do primeiro casamento de Simone, Waldomiro Peixoto ganhou seu neto Leandro Peixoto Nogueira, alegria de toda a família.
          O sonho de viver apenas de magistério não se sustentou. Waldomiro Peixoto teve de buscar alternativas. A partir do início de 1979, iniciou suas atividades diurnas como metalúrgico na Dabi Atlante Indústria de Equipamentos Médico-Odontológicos (hoje parte do conglomerado Alliage) onde trabalhou durante 8 anos em chão de fábrica até o início de 1987. Continuava exercendo à noite a função de professor de Língua Portuguesa,
Literatura Infantil e Brasileira na Instituição Moura Lacerda. No início de 1987 mudou-se para Lins, pequena cidade do Interior de São Paulo, na região administrativa de Bauru, entre esta e Araçatuba, às margens da Rodovia Marechal Rondon, onde morou 3 anos, ainda acumulando função de representante comercial na área odontológica e magistério no IALIM - Instituto Americano de Lins da Igreja Metodista. Em Lins nascera-lhe a segunda filha, Fernanda.
          Volta para Ribeirão Preto em 1990, onde morou até 2000, exercendo igualmente atividades comerciais no segmento odontológico. Nesta oportunidade, foi professor de Redação no COC – Curso Oswaldo Cruz, nos anos de 1993 e 1994. Deste ano até 2000 dedicou-se totalmente a atividades comerciais na empresa Servodonto Equipamentos Médico-Odontológicos, empresa que já não mais existe. Mudou-se em 2000 para Marília, onde exerceu atividades comerciais até 2016 e chegou a lecionar Língua Portuguesa no Colégio Sagrado Coração de Maria, por 1 ano, após o que encerrou definitivamente suas atividades de magistério. Nunca mais voltaria a uma sala de aula, na condição de professor.
          Em 2017, Waldomiro Peixoto – tendo acumulado experiência em vendas e assistência técnica por longos anos no segmento odontológico – foi convidado para participar da implantação da marca Woson no Brasil, sediada em Ribeirão Preto, com atuação em todos os países de língua latina, na Latino-América. O que era para ser uma atividade provisória – apenas implantar a marca – acabou se alongando e, até os dias atuais, exerce a função de Marketing de Relacionamentos na empresa, depois de ter passado pela área comercial.
          Voltando ao tema acadêmico, em 24 de novembro de 2000, Waldomiro Peixoto, mesmo já residindo em Marília, foi eleito para a Cadeira 22, da ARL – Academia Ribeirãopretana de Letras – cujo patrono é João Pedro da Veiga Miranda, autor dos célebres romances Mau Olhado e Os Irmãos Siamezes – sucedendo o eminente acadêmico Paulo Gomes Romeo, conforme edital publicado no diário A Cidade, no dia 08 de junho de 2000, sob a presidência do Acadêmico Antonio Carlos Tórtoro (anúncio 708285-08-06). Conseguiu ser um acadêmico assíduo até o final de 2005, após os quais as atividades na região de Marília impossibilitaram a sua frequência regular no Sodalício.
          Ao retornar para Ribeirão Preto em 2016, morando definitivamente nesta cidade, retomou suas atividades acadêmicas. Foi vice-presidente da ARL na gestão 2018-2019, sob a profícua presidência de Carlos Roberto Ferriani. Atualmente está Presidente deste Sodalício, escolhido pelos acadêmicos para gerir seus destinos durante 2020-2021. No final de 2021, em vista da excepcionalidade na vida de todos nós, decorrência da pandemia do Novo Coronavírus Covid-19, os acadêmicos resolveram, por maioria e de acordo com o Estatuto da ARL, que não haveria eleição para novo presidente, sendo, por consequência, prorrogada e referendada a atual gestão até o final de 2022.
          Em 15 de outubro de 2002 teve a honra de ser um dos fundadores da coirmã ARE – Academia Ribeirão-pretana de Educação, de cuja Cadeira 35 é patrono, ocupada pelo Professor José Luiz Jurioli. Neste ano, a coirmã ARE completa 20 anos de trabalho a bem da Educação. Já atingiu a sua maioridade e tem em seu histórico muito eventos importantes para contabilizar.
          É membro da AVARMERP – Academia Virtual de Artes da Região Metropolitana de Ribeirão Preto, Cadeira 8. Da AMRL – Academia Maçônica Ribeirãopretana de Letras, Cadeira 26, cujo patrono é Albert Pike. É membro da Loja Teosófica Paz Profunda de Ribeirão Preto, afiliada à Sociedade Teosófica de Adyar, na Índia. Foi membro durante muitos anos do Grupo Flamboyant, talvez o mais importante e longevo grupo independente da história literária de Ribeirão Preto. É membro correspondente da Loja de Pesquisas Maçônicas Quatuor Coronati de São Paulo, vinculada à Loja de Inglaterra e membro ativo da Maçonaria em Ribeirão Preto, sendo obreiro da Loja Maçônica Elias Nechar, nº 135.
          Participou de várias antologias poéticas. Pelo Grupo Flamboyant: Cantata (in) Multivozes, Versando em Tons (Di)Versos, Uni/Versos, Sarça Ardente, Ave Palavra! Pela ARL: Antologia 55 Anos e Antologia 65 Anos. Pela Prefeitura do Rio: Por um Poema de Amor. Pela ARE: Educação – Uma Visão da ARE. É autor de dezenas de prefácios de vários autores. É autor do livro de Poemas “Faca Amolada” pela Editora Funpec, 2017. Sobre Faca Amolada, disseram dois consagrados escritores:
          “Impossível analisar toda a profundidade desse primeiro livro de Waldomiro Peixoto, poeta que nasce maduro, profundo, com uma obra de uma riqueza fascinante. Não se pode, no entanto, deixar de mencionar algo evidente, pelos temas recorrentes da angústia, o não saber do porquê de estar no mundo, enfim, a influência da filosofia Existencialista, em vários poemas. (...) Só resta enfatizar que em Faca Amolada há lições de riqueza linguística, de ousadia e ainda oferece conselhos aos jovens poetas iniciantes, enamorados do falso lirismo. Tudo mostra que Waldomiro Peixoto é, mais do que nunca, um Mestre e seu livro, uma preciosidade.” (Ely Vieitez Lisboa)
          “Li, certa vez, que o percurso de um livro de poemas é exatamente como o percurso da vida: não sabemos o que vamos encontrar, se um pete ou um cadáver. É como pular no abismo. E, para pular de um abismo, não precisamos de muitos artifícios ou justificativas. Apenas pulamos. (...) Eis o sentimento que tomará conta de cada um que se propuser a mergulhar no abismo de palavras e versos de quem, como eu, nasceu há mais de seis décadas, num mês de agosto, mês de ventania, cachorro louco e muita poeira no ar. Eu pulei." (Antonio Carlos Tórtoro).
Publicamos aqui o poema-título de Faca Amolada, como aperitivo da poética de Waldomiro Peixoto, que tem por epígrafe uma citação de Osman Lins: “Abel: o desespero, em suas formas agudas, não é abstrato.”:
FACA AMOLADA

Brandida por mãos invisíveis, o ar
Golpeia. Desce e corta o tecido
E o espírito em postas opostas.
Sangue liberto sem apelações
Sobre o chão da sala terracota.

Inertes e sem defesa, tecido e espírito.
Partidos, olham o talho, vísceras abertas.
Vermelha e escorrendo entre ladrilhos
Frios e indiferentes, esvai-se
Inteira, sem alternativa, a vida.

Amolado um gume, afiada a lâmina
O sofrimento, fino e miúdo, agudo,
Preciso penetra o corpo, exato.
Rombudo o outro gume, no tecido
O bruto sofrimento, inexato e grave
Cria hematomas, rasga-o em impreciso ato.

Deter os golpes impossível: mãos
Físicas se erguem em súplica e inutilmente
Aparam o vento apenas. E pendem
E partem-se, indefesos, os braços
Dilacerados. E desesperadas
Autômatas, as mãos o baixo ventre
Acodem e se seguram e abraçam.
Corpo e alma fundidos e consortes
Impotentes, prostram-se e, estendidos,
Exaurem-se assistindo à própria morte.


          Segundo Waldomiro Peixoto, o que é a literatura? Para ele, lembrando a máxima de José Régio de que toda grandeza é violenta, a literatura não pode ser definida. Porque toda definição é de natureza limitadora e castradora. As grandezas não cabem nas definições. A literatura, porém, é a arte – não há dúvida que seja arte – de, com olhos no retrovisor, olhar o futuro no exato e mágico momento da perenização do presente. A literatura, não sendo fotografia, assim mesmo registra o acontecer da ansiedade da alma, seja lá o que for esta ansiedade. O escritor? Um mero instrumento que suporta a grandeza transcendente e eterna da alma. Sem literatura, a vida seria algo insuportável!
          Ribeirão Preto, abril de 2022.
 
 
 

ANTECESSORES

 
 
 

Antecessor - Paulo Gomes Romeo


          O primeiro Superintendente do Hospital das Clínicas (HC), e meu antecessor na Cadeira 22, cujo patrono fora Veiga Miranda, foi durante muito tempo o notável médico e escritor Dr. Paulo Gomes Romeo. Além de respeitado entre os muitos que fortemente atuaram em Ribeirão Preto na Cultura e na Educação, sua vida como médico ganhou também destaque entre as Entidades de Classe em todo o Estado de São Paulo.

          Nasceu em Ribeirão Preto em 29 de novembro de 1916, filho de Dr. Antônio Soares Romeo e de Carolina Gomes Romeo. Ingressou na Faculdade Nacional de Medicina da Universidade do Brasil, em 1940. Formado, retornou a Ribeirão Preto para se integrar à sociedade local médica, área onde se revelou ativo participante.

          Sentindo clima favorável para instalação de uma Faculdade de Medicina na cidade, participa intensamente dessa campanha como presidente da comissão pró-instalação da Escola de Medicina. Aos 15 de maio de 1956 é escolhido e nomeado primeiro Superintendente do HC. Sempre dinâmico e presente, exerceu a Superintendência de forma insuperável.

Em 5 de novembro de 1973, assume o cargo de secretário de Educação do Estado de São Paulo, ápice de sua carreira como Educador, onde realizou muito ao se valer das experiências acumuladas na Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto e na direção do Hospital-Escola.

          Em 1982, foi convidado e aceitou a Superintendência INAMPS para todo o Estado de São Paulo.

Como cidadão voltado à Cultura e às Letras – a Literatura era uma de suas paixões – elege-se para assumir a cadeira n.º 22 da Academia Ribeirãopretana de Letras, patrono Veiga Miranda, de cuja obra era profundo conhecedor.

          Dr. Paulo Gomes Romeo falece na manhã do dia 04 de maio de 2000, encerrando uma das mais ricas participações na História de nossa cidade. Trazia consigo a determinação de notabilizar Ribeirão Preto e sua grande faculdade de Medicina. Deixou acesa a chama de seu amor por Ribeirão Preto e sua gente em muitos amigos e seguidores de sua obra. Inesquecível é a lembrança de seu trabalho, uma incansável busca do bem comum.

          Assim noticia a Folha de S. Paulo, no dia 09 de maio de 2000, uma terça-feira: “Morre o 1º diretor do HC da USP de Ribeirão. A missa de sétimo dia da morte do médico e primeiro superintendente do HC (Hospital das Clínicas) de Ribeirão Preto, Paulo Gomes Romeo, será amanhã, às 18h, na igreja São Benedito (rua Prudente de Moraes, 667). Ele morreu na última quinta-feira na cidade. Além do cargo no HC, entre 56 e 69, Romeo participou também do grupo -comandado por Zeferino Vaz- que fundou a FMRP (Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto), da Universidade de São Paulo, em 52. Romeo nasceu em Ribeirão no dia 29 de novembro de 1916. Fez os estudos secundários no Ginásio do Estado da cidade e se formou médico pela antiga Universidade do Brasil, em 1940. Quando a FMRP foi instalada, Romeo ocupava o cargo de presidente do Centro Médico de Ribeirão Preto. Nos anos 60, Romeo tentou entrar na vida política como prefeito. Concorreu à administração de Ribeirão em 1963, quando foi derrotado por pouco mais de 300 votos por Welson Gasparini (à época, no PRP, hoje no PTB), segundo o livro "História de Ribeirão Preto", de Rubem Cione. Dez anos depois, ele assumiu a Secretaria de Estado da Saúde, durante a administração do governador Laudo Natel (71-75). Zeferino Vaz (1908-81), que também foi o fundador da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), costumava dizer que Romeo havia sido o grande responsável pelo êxito do HC nos anos 50 e 60. A FMRP, incluindo o nome de Romeo, tem um valor histórico para Ribeirão. Só com o sucesso da faculdade, a USP resolveu criar outras unidades no município (hoje, além da FMRP, há outras cinco faculdades). Como é ainda hoje, a FMRP era, já na segunda metade da década de 50, uma das melhores do Brasil. (LUÍS EBLAK)”

          A importância do cidadão e homem dedicado a Saúde e o contexto em que ele passa a atuar decisivamente para nosso desenvolvimento podem ser atestados acessando este link: http://www.fmrp.usp.br/pb/institucional/historia.

          Sua atuação, no entanto, não é apenas regional. Com Zeferino Vaz e Dr. Lourenço Roselino, sua ação e seu trabalho intenso são fundamentais para a fundação da Faculdade de Medicina de Campinas. Seu valor é reconhecido nesta matéria na Wikipedia:
https://pt.wikipedia.org/wiki/Faculdade_de_Ci%C3%AAncias_M%C3%A9dicas_da_Unic.

          A grandeza do amor e o desprendimento que este homem nutriu por esta cidade foram a sua marca maior. É assim que todos os que amam esta cidade hão de lembrar desse cidadão notável. Ribeirão Preto deve muito a este homem extraordinário e perenemente lhe presta homenagens.